Câmara aprecia criação de feriado da Consciência Negra

Os vereadores maringaenses apreciam hoje o projeto de lei de autoria de Belino Bravin que incorpora ao calendário municipal o feriado da Consciência Negra. A matéria opõe movimentos sociais e a poderosa Associação Comercial e Empresarial de Maringá, que alegando compreender a relevância da data, não quer mais um feriado no final do ano (a data é em 20 de novembro). As razões da Acim são bem justificáveis: um dia sem comércio aberto representa algo entre R$ 70 e R$ 80 milhões a menos circulando no comércio local. E, em novembro, já temos o finados e a Proclamação da República, que complicam ainda mais o calendário. Todavia, é bom lembrar a dívida histórica com a população negra e a necessidade, sim, de uma data que faça refletir sobre as desigualdades a que estão submetidos. Ademais, o que abunda no calendário anual são os feriados religiosos, Caraval, Páscoa, Corpus Cristi, Padroeira da cidade, padroeira do Brasil, Natal. E todos esses feriados dizem respeito apenas à população católica. Não há feriado para Iemanjá, por exemplo, nem para comemoração do Ramadã, ou mesmo o oito de abril, quando os budistas comemoram o nascimento de Sidartha Gautama.